Segundo o empresário e fundador Aldo Vendramin, o treinamento dos cavalos crioulos tem passado por uma transformação significativa ao longo dos anos, impulsionada pelas mudanças no cenário das competições e pelo aprimoramento das técnicas utilizadas por criadores e treinadores. O Freio de Ouro, considerado a maior prova da raça crioula, tem sido o palco onde essas evoluções se tornam visíveis, mostrando como a tradição e a inovação podem caminhar juntas. Essa evolução não apenas melhora o desempenho dos animais, mas também valoriza a raça crioula e fortalece sua presença no cenário internacional.
Descubra como a preparação desses campeões evoluiu e quais técnicas estão moldando o futuro da raça crioula no cenário das grandes competições!
Como o treinamento dos cavalos crioulos era realizado nas primeiras edições do Freio de Ouro?
No início do Freio de Ouro, o treinamento dos cavalos crioulos era baseado em práticas tradicionais transmitidas de geração em geração. Os métodos eram mais voltados para a lida campeira, já que a raça sempre esteve associada ao trabalho no campo. A preparação priorizava a força e a resistência, características essenciais para os desafios da rotina rural, mas ainda não havia uma preocupação sistemática com a performance em provas específicas.

Os treinadores, na época, contavam com recursos limitados e pouca informação técnica. O foco estava na experiência prática e na observação, sendo comum que os conhecimentos fossem repassados oralmente entre famílias de criadores. Apesar da simplicidade, esses métodos foram fundamentais para preservar a essência da raça crioula, garantindo a rusticidade e a adaptabilidade que até hoje são características marcantes desses animais.
Com o crescimento do Freio de Ouro, percebeu-se a necessidade de adaptar esses métodos às exigências das competições. De acordo com Aldo Vendramin, foi nesse momento que começaram a surgir os primeiros treinamentos voltados exclusivamente para as provas, marcando o início de uma nova fase na história da raça e do próprio evento.
Quais inovações marcaram a evolução do treinamento dos cavalos crioulos?
A partir dos anos 2000, uma série de inovações transformou o treinamento dos cavalos crioulos, trazendo técnicas modernas e baseadas em evidências científicas. A introdução de exercícios de condicionamento físico específicos, aliados a programas nutricionais personalizados, permitiu que os animais desenvolvessem maior resistência e explosão muscular, atendendo às demandas das provas do Freio de Ouro.
Além da preparação física, houve uma revolução na forma como o comportamento equino passou a ser estudado. Métodos de doma racional, que priorizam a confiança e o respeito entre cavalo e treinador, ganharam espaço, substituindo técnicas antigas que podiam ser mais agressivas. Conforme o fundador Aldo Vendramin, essa mudança contribuiu para o bem-estar animal e aumentou a eficiência dos treinamentos, resultando em desempenhos superiores durante as competições.
Qual o impacto dessa evolução para o futuro do Freio de Ouro e da raça crioula?
O impacto da evolução do treinamento dos cavalos crioulos vai além dos resultados nas competições, refletindo diretamente na valorização da raça e no fortalecimento do setor. Com métodos cada vez mais sofisticados, o Freio de Ouro se consolidou como uma vitrine internacional, atraindo a atenção de criadores e investidores de outros países interessados na genética e na qualidade dos animais brasileiros.
Essa modernização também contribui para a preservação das tradições, pois garante que a raça crioula continue desempenhando seu papel histórico no campo, ao mesmo tempo em que se adapta às exigências do mundo moderno. Na visão do empresário Aldo Vendramin, o equilíbrio entre tradição e inovação é essencial para manter o evento sempre relevante e em constante crescimento.
No futuro, espera-se que o treinamento continue incorporando novas tecnologias, como inteligência artificial e análise de dados em tempo real. Essas ferramentas poderão elevar ainda mais o nível técnico das competições, tornando o Freio de Ouro não apenas uma celebração da cultura gaúcha, mas também um exemplo global de excelência na criação e preparação de cavalos.
Autor: Amphetrion Farona